sábado, 17 de dezembro de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
O QUE CONTA
Um e dois
talvez noite e estrela
ou água e vinho.
Um e dois
quando é beijo,
junção ou desalinho.
Um e dois
quixotescamente falando
ou o vento ou o moinho.
Um e dois
talvez só um
ou matematicamente dois
ou ainda
quando um está para o outro
é possível que algum
seja nenhum.
(Meios, 2001)
talvez noite e estrela
ou água e vinho.
Um e dois
quando é beijo,
junção ou desalinho.
Um e dois
quixotescamente falando
ou o vento ou o moinho.
Um e dois
talvez só um
ou matematicamente dois
ou ainda
quando um está para o outro
é possível que algum
seja nenhum.
(Meios, 2001)
domingo, 26 de junho de 2011
INTROSPECÇÃO
Está frio
e um rio gelado
corre em meu corpo.
Não quero o mar
quero parar
no calor do próprio leito.
e um rio gelado
corre em meu corpo.
Não quero o mar
quero parar
no calor do próprio leito.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
do que o amor é capaz
sei pouco
do que o amor é capaz.
Hoje
ele me virou as costas e disse:
-se quiser, venha me agradar.
Tive vontade de mandá-lo às favas
mas, cheia de dengo,
abanei-lhe o calor
cafunezei seus cabelos.
E ele, manhoso:
- só porque eu reclamei não vale.
Antes de eu protestar, determinou:
- fica fora uma semana
aí você morre de saudade
e volta bonzinha.
do que o amor é capaz.
Hoje
ele me virou as costas e disse:
-se quiser, venha me agradar.
Tive vontade de mandá-lo às favas
mas, cheia de dengo,
abanei-lhe o calor
cafunezei seus cabelos.
E ele, manhoso:
- só porque eu reclamei não vale.
Antes de eu protestar, determinou:
- fica fora uma semana
aí você morre de saudade
e volta bonzinha.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Há vinte anos atrás, escrevi um poema que começava assim...
Pelo estreito entre mares
tantos
vôos e correntes
andamos todos
somos os mesmos
em cada canto.
Estamos ligados
é a vez dos temporais
e dos jornais.
(...)
tantos
vôos e correntes
andamos todos
somos os mesmos
em cada canto.
Estamos ligados
é a vez dos temporais
e dos jornais.
(...)
quinta-feira, 28 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Irresponsabilidade
Quem semeou
essas flores do asfalto
de fétido cheiro
de fúnebres cores
de miseráveis formas?
Como parafrasear
a parábola do semeador
sugerindo a colheita do desamor?
essas flores do asfalto
de fétido cheiro
de fúnebres cores
de miseráveis formas?
Como parafrasear
a parábola do semeador
sugerindo a colheita do desamor?
quinta-feira, 24 de março de 2011
confissão
A ligação que eu estabelecia
entre os meus dedos e a tua pele
não era de atrito, geração de energia.
Era delito, crime à revelia
era pra matar
quase perfeitamente
a saudade.
entre os meus dedos e a tua pele
não era de atrito, geração de energia.
Era delito, crime à revelia
era pra matar
quase perfeitamente
a saudade.
terça-feira, 15 de março de 2011
14 DE MARÇO, DIA NACIONAL DA POESIA
Teu sabor
o apetite
tua substância
o nutriente
tua digestão
a energia
para um corpo
tão doente.
o apetite
tua substância
o nutriente
tua digestão
a energia
para um corpo
tão doente.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
mistérios
DizerdesdizerNegartrêsvezes
AfirmarconfirmarAprofecia.
Quemtemequemcrê
Quemqueroquê
Nãosabeporquê
masAntesqueacordaarrebente
trairáa poesia
AfirmarconfirmarAprofecia.
Quemtemequemcrê
Quemqueroquê
Nãosabeporquê
masAntesqueacordaarrebente
trairáa poesia
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
MUITA POESIA EM 2011!
Aliança
Minha prece do dia
meu preço de vida
é este papel.
Uma hóstia que engulo
não sem antes
mastigá-la.
Sei que morro
daqui a pouco
mas aqui me deixo
comungado.
Depois serei ex.
Como tudo, aliás.
E porque suspeito
de que o passado esteja no futuro
canto o presente
como uma morte
que não é tristeza.
Pretensão ou pressentimento
meu presente
é a palavra
é o pó
e a lavra.
Minha prece do dia
meu preço de vida
é este papel.
Uma hóstia que engulo
não sem antes
mastigá-la.
Sei que morro
daqui a pouco
mas aqui me deixo
comungado.
Depois serei ex.
Como tudo, aliás.
E porque suspeito
de que o passado esteja no futuro
canto o presente
como uma morte
que não é tristeza.
Pretensão ou pressentimento
meu presente
é a palavra
é o pó
e a lavra.
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