sábado, 24 de setembro de 2016

SALVE, PATRÍCIO!

                   (dedicado ao poeta Carlos Nejar)

Somos poucos,
(o que não é lisonja, é lástima)
caro Nejar.
Sem perder de vista
o arado que rasga
o mapa dos ventos
sinto que as sementes
deixam de brotar
no inventário das almas.

Reveja o testamento e os contratos.
E se ainda há pouso
na casa dos arreios.
Se houver,
talvez eu apeie
dos nervos e do cansaço
de tantos anseios.

(Sete Dias, 2007)