sábado, 24 de setembro de 2016

SALVE, PATRÍCIO!

                   (dedicado ao poeta Carlos Nejar)

Somos poucos,
(o que não é lisonja, é lástima)
caro Nejar.
Sem perder de vista
o arado que rasga
o mapa dos ventos
sinto que as sementes
deixam de brotar
no inventário das almas.

Reveja o testamento e os contratos.
E se ainda há pouso
na casa dos arreios.
Se houver,
talvez eu apeie
dos nervos e do cansaço
de tantos anseios.

(Sete Dias, 2007)

2 comentários:

  1. o que fala esse poema?
    É tão lindo, porém não compreendo muito bem

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  2. Oi Lee, o poema parte de imagens de outros poemas de Carlos Nejar e estabelece um diálogo com aquele poeta, pedindo uma espécie de asilo na “casa dos arreios” dado o cansaço de um mundo adoecido, em que poucos compreendem os sentidos da fraternidade. Mas há outras leituras também! A opinião do autor não fecha a questão, às vezes o autor sabe menos que o leitor. E o mais importante é vc sentir o poema. Já dizia Neruda: sentir é mais importante que entender!

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